Fragmentos de mim: agosto 2014

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O que você faria?

O que você faria se soubesse que sua existência motiva,
Talvez não os mais belos versos, mas certamente os desejos mais profundos
E os mais puros sentires?
O que você faria se um belo dia a sua alma te dissesse que todos os seus conceitos estão equivocados?
O que você faria se soubesse que nada, nem mesmo o seu silêncio,
É capaz de calar o grito da alma que ama a sua?
O que você faria se um belo dia o Amor se apresentasse a você de uma maneira diferente?

O que você faria? Qual seria a sua reação?
Choraria?
Gritaria?
Arderia de desejos?
Morreria de medo?
Ou cairia nos braços que te amam?

Fugiria ou abraçaria a alma que te acolhe
E que guarda feito anjo vagabundo,
Que te observa ao dormir?
Você rejeitaria o amor que guarda? (...)
O que você sentiria se soubesse que qualquer atitude sua é inútil?

O que você faria se soubesse que, ao andar pelo mundo,
Ao pisar nos caminhos terrestres, você deixou cair,
Assim, sem querer,
Sementes de um Amor que brotou em solo desconhecido?
Se soubesse que esse Amor se alastrou feito erva daninha
E brotou feito rosa que desabrocha,
E perfuma seus caminhos, embora sofra com os espinhos,
Mesmo sem você perceber?

O que você faria se soubesse das revoluções que provoca,
Dos desejos que acende,
Das lágrimas que força cair e dos sonhos que povoa?
O que você faria se soubesse das coisas que as palavras não podem dizer...?



segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O que trago no peito

Trago no peito amores, que talvez o mundo não entenderia,
Que grandes estruturas abalaria, e memoráveis guerras deflagraria...
Trago no meu peito o Amor dos fortes,
Aquele que suporta o golpe de viver no silêncio,
Marcado pela ausência e pela eterna saudade.

Trago no meu peito um amor que o mundo não saberia entender,
Mas que me guia rumo ao pesadelo doce de desejar o impossível,
E de me contentar com isso...
Trago em meu peito uma grande marca, cujo nome e rosto somente eu entendo.
Cuja delicadeza somente às mais belas flores se assemelha
E com ninguém mais se pode confundir...

Trago em meu peito um amor que ri ao chorar,
Que grita em silêncio,
Que idioma algum consegue traduzir,
Palavra alguma nomeia,
E que, por isso, cala: Não se faz visível aos olhos comuns,
Porque Amor assim é vivência de poeta,
E os poetas não são comuns.
Os poetas o mundo não entende...

Trago em meu peito um Amor que o mundo não aceitaria, criticaria,
Rejeitaria...
Mas que é a maior busca de mim,
Que me dividiu eternamente em Antes e Depois,
Para ser mais nada mais Além
Do Amor que trago em meu peito

E que o mundo jamais entenderia...