Constantemente, criamos imagens uns dos outros...
Entretanto, não são minhas palavras de afeto ou doçura que
me definem:
Os momentos em que me encontro aparentemente em paz são
momentos,
Nada além disso...
Há em mim a ira, o ódio, a mágoa, a dor...
Permeiam meus pensamentos ideias insanas, cruéis e, mesmo
doentias.
Sádicas...
E isso, tanto quanto minha doçura e serenidade, também me
define...
Não sei se sou boa ou ruim. Sou, apenas.
E sou as duas coisas, por não ser perfeição, mas por ser tão
somente vida em evolução,
Consciente disso, em guerra constante contra mim e a favor
de mim.
Porque todo julgamento limita, gera expectativas e cobranças
de coisas,
Cujo preço não estou disposta a pagar.