Ah, a vida e seus extremos...
Tão contrários e distantes
Tão tênue a linha que os separa,
Conceitos frágeis, eternos, ateus, cristãos...
Uma loucura sã, uma sanidade louca.
A vida e seus extremos tão opostos que se confundem,
Fundem-se.
Formam-me e deformam, às vezes.
Perco-me no encontro que me descobre
E acho-me descoberta de mim mesma.
Os extremos dos entes que são às claras
Deformam-se na penumbra do tempo que tudo mostra,
Que o sentir apaga e modifica a forma, transforma
Deforma o ser que sente, torna dor o Amor,
Desabrocha o botão em flor que morrerá.
E um poema pobre e sem fim,
Sem o extremo oposto do começar.