Fragmentos de mim: janeiro 2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

VERSOS SOLTOS

Sempre achei que as palavras possuíssem poros
Pelos quais a personalidade vaza.
A minha, porém, escorre livremente,
Visto que sou um livro de alma aberta.

Vazar é fugir
E eu ando lentamente...

Ao assumir esta vida, não firmei contrato com a hipocrisia.
Não consegui entender-me com ela.
Então, deixo-a de lado e sigo o meu caminho... Sigo e Amo.
Sou um coração ultra-romântico em pleno pós-modernismo
Sou um ser deslocado no tempo, perdido no espaço...

Um livro de portas abertas
Ao entrar em minha vida, precisa nem bater na porta.
Ela está aberta.
Ao decidir sair, ela permanece aberta.

No entanto, preciso confessar que ao coração que ama,
Não há nada tão doloroso quanto respeitar o livre arbítrio do ser Amado.
A tristeza da partida é tão intensa quanto a alegria da chegada,
Contudo marca mais,visto que fere.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ESCURIDÃO

A escuridão é a liberdade dos que amam em segredo
Ela revela a beleza dos não-belos
Mostra o que a luz esconde
Resguarda os fracos;
Desarma os fortes.
Permite aos medrosos esconder seus defeitos;
Aos sofridos,a dor
Aos sábios, enxergar a verdade
Aos estúpidos, perder-se em si mesmos...
Gosto da escuridão!
Ela me protege,
Ampara-me daquilo que meus olhos cansaram de ver,
Dos olhares que não cansam de me observar.
Ela me guarda de um mundo que me cansa
Enquanto permite que meu coração apenas sinta
Dor, amor, paixão... solidão

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

PALAVRAS

As palavras perdem o sentido quando dizem tudo...
Elas precisam apenas insinuar, provocar, fazer sentir

Só os bobos dizem tudo,
Entregam o jogo,
Entendem tudo...

O poeta não entende,
O poeta sente...
Sente o que nem sempre faz sentido sentir...

Sanidade louca: poesia
Algo que grita quando silencia.