Fragmentos de mim: julho 2013

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Aleatórios

Complicado é quando sobram os sentires e faltam as palavras...
Bate, às vezes, uma preguiça em pensar nas palavras que poderiam traduzir os sentimentos,
Bem como os loucos pensamentos de uma mente que não pára,
Por mais exausto que esteja o corpo.
Estranho perceber que a poesia da alma não cessa, mesmo quando as palavras calam,
Os versos somem, as palavras teimam em não aparecer e a voz emudece...

É estranho, tudo é estranho a mim, ou então, eu é que sou estranha ao mundo,
Ao que há, ao que em mim há...
Talvez o caminho seja não ter um caminho, pois planejar consome o tempo de andar...
Certo é que apenas a poesia restará, mesmo que nunca em verso,
Mesmo que muda... Poetizar apenas, mesmo calada,
Desde feliz a triste, desde sonora a muda,
Desde viva até a morte.

Por onde andam as palavras que eu queria dizer?
Sabem elas os caminhos do que sinto,
Ou apenas seguem cegas tal qual o ser que anda sem caminho certo?
Queria fazer poesia, bateu saudade dos versos,
Mas as palavras se foram, ou deixou-me a vitalidade de buscar concretizar em sílabas e sons
As ciladas de estar viva, embora sinta-me morrer...

E viver e morrer confundem-se, fundem-se num eterno de existir
Que vai para além de mim,
Para além de minhas palavras e estarão sempre comigo na eternidade doce de viver
Mesmo quando não mais me enxergarem,
Mesmo quando as palavras faltarem,
Mesmo quando restar apenas o que for meu
Apenas eu,
Na eternidade de mim.