Fragmentos de mim: março 2011

domingo, 20 de março de 2011

ADMINISTRANDO A VIDA

Às vezes tenho a impressão de que nunca, por mais que se tente, vamos conseguir administrar a vida de maneira correta. As opiniões diferentes e, especialmente, os sentimentos sempre tornam a coisa pesada, difícil de conduzir.

Não, não acredito que viver seja difícil, tampouco que a felicidade seja algo que está distante. Já me saí facilmente de situações difíceis e já fui muito feliz com pouca coisa... Acredito mesmo é que o excesso de emoções atrapalha e aquilo que pensamos estar fazendo de maneira tão correta pode ser, exatamente, o nosso maior erro.

Mas... como saber disso? Não sei. Só sei que todos os nossos sentimentos - não emoções impensadas apenas - todos eles, sem exceção, possuem uma razão de ser e podem ser dicas que nosso coração nos dá para nossa mente parar de tomar as decisões erradas.

Inclusive a raiva e a tristeza... certa vez li que a raiva é uma dica do nosso coração. Ela não é um sentimento ruim, mas uma prova de que algo não está bem em nós... a tristeza, acredito eu, deve ser a mesma coisa. Se algo ou alguém me deixa triste é porque alguma coisa está errada. Algo precisa ser consertado, posto de volta no lugar, tratado de maneira a não magoar mais... hábitos, pessoas e acontecimentos precisam ser vistos e tratados com lucidez e respeito. O ser humano, desde o seu corpo até a sua alma, é sagrado. Desrespeitá-lo não é correto, bem como desrespeitar a si mesmo não é correto.

Não fomos criados para sentir culpa por dizer "não" quando for necessário. Muito menos fomos criados para sermos inconsequentes e fazer dos outros marionetes em nossas mãos. Por outro lado, só se faz de marionete quem se permite ser tratado assim... Frustrar de propósito não é ensinar, é machucar...e mesmo que alguém se permita machucar não merece isso, especialmente quando se permite machucar porque ama.

Sempre dizem por aí que é necessário lutar pelas coisas e pessoas que queremos, mas toda luta tem um fim e lutar por algo não significa conquistar. às vezes, aquilo que imaginamos que seria uma conquista não tem bem algum a nos oferecer e no final das contas, só temos a nós mesmos.

Faço o tipo que luta com carinho e com o coração por tudo e por todos que quero comigo e quero ver bem... Entretanto, em muitos casos, não é preciso conquistar o objeto por que  se luta para ser vencedor... Toda batalha deixa feridas, provoca lágrimas e, muitas vezes, desistir é vencer!