Fragmentos de mim: Só

domingo, 2 de dezembro de 2012


Solidão parece palavra que remete à eternidade,
profundidade,
imensidão...
Forte como a morte,
Absoluta como a vida.

São tantos andando de um lado pro outro,
ao nosso, lado, e, ao mesmo tempo tão distantes de nós...
Chega a ser difícil se sentir à vontade no mundo.
É como morar a vida inteira na mesma casa e não se sentir parte dela,
É como olhar para a família e ter a sensação de estar na casa errada,
É como perder-se de casa, de uma casa cuja recordação é opaca,
É como estar vivo e não sentir o coração bater.

Carrego em mim as ausências de um mundo inteiro,
As esperanças de uma existência eterna,
E as desilusões de uma vida que passa,
fugazmente, por mim.

3 comentários:

  1. Gorete,

    mais parece uma ode à solidão. E assim cm os adeptos desse estilo, vc consegue intensificar os sentidos dos vocábulos empregados nos versos. Porém, ainda que carregado de tristeza - típica da solidão - as "ausências" e "desilusões" não sobrepujam as "esperanças".
    Gostei!

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    1. Que belo comentário, minha querida...
      Muito obrigada, de coração, por sua apreciação.
      =)

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