Fragmentos de mim: Delírios de minha subjetividade errante

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Delírios de minha subjetividade errante

Hoje resolvi não fazer rascunhos... deixarei que as palavras me guiem por onde e para onde acharem mais oportuno... não recorrerei a edições...
Afinal de contas, a vida não possui edições e, se possuísse, acredito eu que não faria muita diferença... temos a mania de fazer tudo como se tivéssemos uma segunda chance mesmo.
O que vem preenchendo ultimamente meus pensamentos é a ideia de autoconhecimento... sim, este que as pessoas dizem tanto que precisamos possuir e explorar mas que, inacreditavelmente, ninguém faz. Acredito mesmo é que somos hipócritas e tão mentirosos que, ao nos conhecer bem, sentimos vergonha disso e fingimos que não notamos. É bem mais fácil fazer vista grossa, às vezes. E se fazemos para os outros, por que não em relação a nós?
Mediadas pela ação do discurso de outrem, nossa mente, nossa formação moral, bem como nossas concepções várias a respeito de tudo são impressas de forma que, nem sempre somos aquilo em que acreditamos.
Acreditamos que julgar é preciso, punir é preciso, mas punir a si mesmo é sempre passível de concessões. Sempre deixamos para depois... Pensamos que não somos capazes de autopunição, então a vida se encarrega de fazer isso por nós. Os outros nos punem.
Sinceramente, não acredito nisso, nem acho que seja necessário. Olhar o mundo com sabedoria e desprendimento talvez seja uma saída inteligente mas... quem sabe fazer isso? 
Já repararam que tudo a que se refere a aprender parece estar ligado à ideia de punição? Não é preciso ser punido por ninguém para aprender, nem por nós mesmos e muito menos pelos outros... Acredito na lição da tolerância de que somos tão carentes, acredito na lição do Amor que prefere sofrer a causar dor em alguém. Pensamos logo, "Se me fere não me ama, logo não me fará bem..." se tem algo que não nos faz bem, é a certeza de que nos frustramos com nosso próprio EU. Nos mata de vergonha perceber que não valemos tanto assim para o outro ou que erramos a criar dele uma imagem...
Mas aprender é preciso... 
Acredito na eficácia da disciplina, desconfio do egoísmo dos que mantêm relações humanas - de qualquer natureza - por comodismo ou conveniência, confio no Ser Humano apesar de todas as suas falhas e apesar de todas as minhas falhas. Não desisto de ser EU nem do Amor dos que amo, mesmo que me imponham distâncias... naturalmente - nem por isso, com menor tristeza - afasto-me dos que me deixam só. Deve ser uma regra da vida...

Sei somente que muito penso sobre a vida e que, se me culpo, é por - e quando - deixá-la de lado e a desprezá-la em nome da tristeza.

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